tag:blogger.com,1999:blog-19103550110668621242024-03-08T01:53:29.004-08:00O Neurónioum blogue como tantos outrosImperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.comBlogger15125tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-65231642771628694312009-01-29T22:52:00.001-08:002009-07-02T08:29:45.444-07:00Gang liderado por avó assalta e sova idososUm grupo de assaltantes, liderado por uma mulher de 70 anos, está a espalhar o terror em várias aldeias do Concelho de Cinfães. São netos e sobrinhos da mulher e as autoridades atribuem-lhes a autoria de mais de duas dezenas de assaltos, maioritariamente a pessoas idosas e com recurso à violência.<br /><br />O mais grave desses assaltos teve lugar na aldeia de Espadanedo, onde um homem, de 78 anos, foi agredido com um ferro e ficou cego de uma vista, tudo para lhe roubarem 65 euros (ver caixa).<br /><br />O Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Lamego, em colaboração com os militares de Souselo, deteve anteontem dois dos suspeitos. Um ficou em prisão preventiva e o outro está em casa com pulseira electrónica.<br /><br />Para além de pessoas, os rapazes, todos entre os 20 e os 32 anos, assaltam também residências e estabelecimentos comerciais. Nas investigações, a GNR detectou dois receptadores do material roubado, em Marco de Canaveses, tendo recuperado vários objectos em ouro e electrodomésticos.<br /><br />As autoridades recuperaram também "uma quantidade apreciável" de géneros alimentícios, como arroz, massa, conservas e até dois presuntos. Isto na casa da septuagenária que, supostamente, lidera a rede.<br /><br />A aldeia de Espadanedo vive em clima de medo, tendo os populares referido que "eles [o grupo de assaltantes] já fizeram várias ameaças às crianças da escola". A GNR confirmou ao CM que tem realizado escolta ao autocarro escolar e patrulhas junto à escola.<br /><br />"DEVEM TER VISTO O CARTEIRO DAR-ME DINHEIRO"<br /><br />Luís Sousa, de 78 anos, viúvo e a viver sozinho no lugar da Majoada, tinha recebido a pensão na véspera do assalto, no início desta semana. "Devem ter visto o carteiro a dar-me o dinheiro", explica. Ao CM contou que tinha ido à feira a Castelo de Paiva e que quando chegou a casa a porta estava aberta. Pousou os sacos e diz que não se lembra de mais nada. "Devo ter ficado umas horas inconsciente, porque ainda era dia alto quando entrei em casa e os vizinhos dizem-me que já passava das sete da noite quando gritei por ajuda", diz Luís Sousa.<br /><br />"Só vi sangue a escorrer da vista e pela cara. Sofri muito!" A pancada foi de tal forma violenta que o idoso acabou por perder a vista esquerda tendo sido operado no Hospital de S. João, no Porto. Agora vive na casa de um filho.<br /><br />POPULAÇÃO ESTÁ AMEDRONTADA<br /><br />A vaga de assaltos que se tem registado no Concelho de Cinfães está a preocupar a população local. "Andam ladrões por todo o lado, isto está impossível", desabafou ao CM Arlindo Silvestre. O sentimento de medo é comum a todos. A proprietária de um café assaltado diz que "até tem medo de andar na rua durante a noite" e antevê o surgimento de milícias populares. "As pessoas vão acabar por se juntar e fazer justiça, elas próprias", acrescentou, visivelmente revoltada. "É tudo muito violento, as pessoas começam a ter muito medo. Até por causa de uma galinha é logo encostada uma faca ao pescoço de alguém", relatou a mulher.<br /><br />A GNR de Souselo já reforçou a vigilância naquela freguesia do Concelho de Cinfães, com patrulhas intensivas e com vários elementos à civil pertencentes ao Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Lamego.<br /><br />30 Janeiro 2009 - 00h30 - Correio da ManhãImperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-3902885925512720242009-01-16T14:07:00.000-08:002009-01-16T14:08:48.812-08:00... sim todos nós vivemos na AmériKa<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/zYwlRH7R6DE&hl=en&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/zYwlRH7R6DE&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-7511306830360183362009-01-14T15:44:00.001-08:002009-01-15T03:37:02.174-08:00Zapping: mais que uma irritação um desportoSou adepto do zapping. Confesso adoro estar constantemente a mudar de canal de T.V. consigo acompanhar mais de 5 programas ao mesmo tempo com o meu fabulástico zapping. Mas desde que me mudei de casa que não tenho t.v. por cabo logo confinado aos quatro canais nacionais, mas felizmente tenho net... e a fabulástica ferramenta de zapping do blogger: <span style="font-weight: bold;">o próximo blog>></span> Bendito seja o "blogzapping" adoro ir para a lugares desconhecidos, exóticos, extravagantes ou então banais, inacabados, sem nexo. adoro simplesmente ir e encontrar-me com "alguém", adoro ir e não compreender o que lá está escrito e seguir para outro...Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-23999459356398424132008-12-22T15:24:00.000-08:002009-01-14T15:32:08.761-08:00Dedicado ao país esquecido...Acreditem não sou grande apreciador da música popular portuguesa mas esta música diz tudo sobre uma geração de portugueses que irá desvanecer-se no tempo. A letra é de Rui Veloso e Carlos Tê... A voz de Isabel Silvestre.<br /><br /><object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/4BHdvDYyCVA&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/4BHdvDYyCVA&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="344" width="425"></embed></object><br /><br />A letra<br />Ai Senhor das Furnas<br />Que escuro vai dentro de nós,<br />Rezar o terço ao fim da tarde,<br />Só pr'a espantar a solidão,<br />E rogar a Deus que nos guarde,<br />Confiar-lhe o destino na mão.<br /><br />Que adianta saber as marés,<br />Os frutos e as sementeiras,<br />Tratar por tu os ofícios,<br />Entender o suão e os animais,<br />Falar o dialecto da terra,<br />Conhecer-lhe o corpo pelos sinais.<br /><br />E do resto entender mal,<br />Soletrar assinar de cruz,<br />Não ver os vultos furtivos,<br />Que nos tramam por trás da luz.<br /><br />Ai senhor das furnas,<br />Que escuro vai dentro de nós,<br />A gente morre logo ao nascer,<br />Com os olhos rasos de lezíria,<br />De boca em boca passando o saber,<br />Com os provérbios que ficam na gíria.<br /><br />De que nos vale esta pureza,<br />Sem ler fica-se pederneira,<br />Agita-se a solidão cá no fundo,<br />Fica-se sentado à soleira,<br />A ouvir os ruídos do mundo,<br />E a entendê-los à nossa maneira.<br /><br />Carregar a superstição,<br />De ser pequeno ser ninguém<br />Mas não quebrar a tradição<br />Que dos nossos avós já vem.Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-76185460264027908242008-12-22T15:16:00.000-08:002009-01-14T15:22:48.858-08:00Era Redondo o Vocábulo<object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/Q805gD44PnY&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/Q805gD44PnY&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="344" width="425"></embed></object>Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-68789319543815049422008-12-10T07:05:00.000-08:002008-12-10T07:10:44.023-08:00os vampiros da propriedade<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4b/Thomas_Jefferson_rev.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 293px;" src="http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/4b/Thomas_Jefferson_rev.jpg" alt="" border="0" /></a><span style="font-family:arial;">Há dias recebi um e-mail com uma frase que demonstra como sempre vivemos dependentes dos bancos.... a frase tem 206 anos... apesar de ser sobre os E.U.A. adapta-se muito bem à nossa realidade.<br /><br /><span style="font-style: italic;">«Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.» </span><br /><br /><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Thomas_jefferson">Thomas Jefferson</a> 1802<br /></span>Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-42219949685093237032008-05-24T03:37:00.000-07:002009-01-14T14:54:31.509-08:00O sono da rebelião humanarevoltai-vós...<br /><br />deixai de acreditar nas leis ditadas<br />que mais não são que uma própria distorção do sentido humano.<br /><br />vivemos preso a amarras de dogmas existenciais<br />que nos levam ao desespero de alma.<br /><br />levantai o véu que obstrui a nossa vista<br />Num mundo igual onde eu não sou igual.<br /><br />Quero acordar diferente<br />fechado dentro de uma chama ardente.Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-28822936739709274552008-05-24T03:26:00.000-07:002009-01-14T14:59:25.233-08:00Gatafunhos de um HomemOs despojos da minha existência<br />são gatafunhos de um Homem.<br />longe de o ser, sou.<br />Mais um rapaz<br />daqueles que somem<br />e não sou ser de grande valência.<br /><br />Encostado a um canto escuro numa grande sala<br />onde a luz entra por um nesga numa janela.<br />Longe demais para a alcançar<br />há muito que abandonei o mar limitado<br />para limitar-me a sobreviver.<br /><br />É mesmo assim.<br />O mundo desaba em nós,<br />Quando aquilo que acreditamos<br />deixa de nos ser familiarImperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-76331780673959931892008-03-03T10:26:00.000-08:002009-01-14T15:01:17.682-08:00Imaturidade da AlmaDa nossa existência sobra sempre o nosso corpo.<br />A alma é transcendente e imortal.<br />Logo não irá sobrar<br />mas transmutar-se para outro corpo<br />e tornar-se noutra existência,<br />diferente da anterior.<br /><br />Por isso conservem bem o nosso corpo<br />pois é ele o elemento central da nossa existência.<br />É ele a matéria prima da nossa unicidade.<br />Representa o principal da nossa existência animalesca, humana.<br /><br />A alma, na sua condição energia transcendente,<br />irá fluir de corpo em corpo,<br />agindo mais como um parasita,<br />que abandona o seu hospedeiro<br /><br />quando este já não lhe faz falta,<br />do que como um ser transcendente<br />que se preocupa com o ambiente que o rodeia.Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-82935107982903022382008-02-29T11:34:00.000-08:002008-02-29T11:41:11.186-08:00simples razão de ser é aquela que temos aquiEsse meu mundo não é mais que um rio<br />que, por ventura vazio,<br />me obriga a tanto sacrifício<br />para com este meu ofício.<br /><br />Se o mundo fosse um enorme palácio<br />eu estaria só, ao frio,<br />despido pelo meio<br />e no escuro. Pois o brio,<br />que desta vida podia levar, deixei-o<br />um dia.<br /><br />Viveria só, amedrontado...<br />nunca me levantando...<br />simples razão de ser é aquela que temos aquiImperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-43525710913168017252008-02-29T11:31:00.000-08:002009-01-14T15:02:29.635-08:00Pasme-se o mundo<p class="MsoNormal">Estou preso à magnitude do meu ser.<br />Vivo a vida de outro<br />Ou será outro que vive a minha?</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">De tanto reflectir acabei<br />Por cometer actos irreflectidos.</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Pasme-se o mundo<br />Leve que nem uma pena.</p> <p class="MsoNormal">Levo nesta minha mão<br />A minha própria razão!</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Não serei eu o mal do mundo<br />Ou serei eu vítima deste mal</p> <p class="MsoNormal">Mal que me assola a viagem<br />Mal que me deixa sem respirar<br />Mal que me penetra os sentidos</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Deixo de querer ser<br />Para passar a sê-lo</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">E pasme-se o mundo!<br />De tanto querer sê-lo<br />Passei a não ser</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Dane-se a razão!!!<br />Terei de morrer…<br />E pasme-se o mundo que eu já não consigo….</p>Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-24729710036908669882007-10-03T20:35:00.000-07:002008-12-09T07:36:12.581-08:00O Ataque dos tomates assassinos<p><br />Durante muito tempo, entre o meu circulo de amigos, falei de um filme, do qual ninguém conhecia e que ponha em causa a minha honestidade cinéfila. Pois bem hoje tenho a prova: ELE EXISTE. NÃO ESTAVA A SONHAR. A possibilidade de já nos anos 70 alguém ter o discernimento (ou ausência dele) para passar para película um guião tão ESTÚPIDO com este.<br /></p><br /><p><br />Pois bem o filme é: O ATAQUE DOS TOMATES ASSASSINOS (THE ATTACK OF THE KILLER TOMATOES) DE 1978.<br /></p><br /><p><br />AQUI FICA OS TRAILERS DISPONÍVEIS NO YOU TUBE<span style="font-size:180%;"> PARA QUE NINGUÉM DUVIDE:</span><br /></p><br /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://www.youtube.com/v/fpv7ZAMyQcc" width="425" height="350"><br /><param name="src" value="http://www.youtube.com/v/fpv7ZAMyQcc"><br /><param name="autoStart" value="0"><br /><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/fpv7ZAMyQcc"><br /><param name="wmode" value="transparent"><br />alt : <a href="http://www.youtube.com/v/fpv7ZAMyQcc">http://www.youtube.com/v/fpv7ZAMyQcc</a><br /></object><br /><p><br /><br /></p><br /><object type="application/x-shockwave-flash" data="http://www.youtube.com/v/FemkuuVup-M" width="425" height="350"><br /><param name="src" value="http://www.youtube.com/v/FemkuuVup-M"><br /><param name="autoStart" value="0"><br /><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/FemkuuVup-M"><br /><param name="wmode" value="transparent"><br />alt : <a href="http://www.youtube.com/v/FemkuuVup-M">http://www.youtube.com/v/FemkuuVup-M</a><br /></object>Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-39045533869226486392007-09-21T22:33:00.000-07:002009-01-14T15:09:09.129-08:00Estranho Setembro<img class="yui-img" src="http://amadeo.blog.com/repository/581573/2451241.jpg" style="width: 250px; height: 186px;" align="left" height="186" width="250" /><span style="font-family: georgia;font-size:100%;" >Este mês de Setembro tem revelado-se macabro: os homicídios estranhos ocorreram ao longo destes dias. </span><p style="font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;">Todos têm em comum o facto de terem sido cometidos com armas brancas. revelam um sinal preocupante na nossa sociedade: a forma como se resolvem os "nossos" problemas familiares, amorosos ou pessoais. </span></p> <p style="font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;"> Leva-me a crer que esta situação irá repetir-se ao longo dos próximos meses. A verdade é que nos três casos exposto todos têm um denominador em comum: NINGUÉM PREVIA O DESFECHO. Agora a cada um de nós será bom reflectir se compensa a irratibilidade diária, pois ela pode levar a um desfecho inesperado. </span></p> <p style="font-family: georgia;"> <span style="font-size:100%;"><b>Terca-feira, 11 Setembro 2007 </b></span> </p> <p style="font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;">O primeiro que chamou a atenção dos media nacionais foi o duplo homicídio seguido de suicídio em Santiago - Viseu. Uma mãe (de nome Maria Helena, 40 anos e sofrendo de um estado depressivo causado por um cancro descoberto há quatro anos) assassinou os seus dois filhos (Maria João, de 11 anos, e Filipe, de oito) suicidando-se em seguida. </span></p> <p style="font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;">Ao que parece terá estrangulado o mais novo até à morte. Depois matou a filha degolando-a com uma faca eléctrica. Acabou por terminar com a sua vida degolando a sua garganta com a mesma faca que já utilizará para matar a filha. </span></p> <p style="font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;"> O Pai Descobriu os corpos... </span></p> <p style="font-family: georgia;"> <span style="font-size:100%;"><b>Terca-feira, 18 Setembro 2007 </b></span> </p> <p style="font-family: georgia;"><span style="font-size:100%;">Outro caso que fez algumas manchetes foi o crime passional ocorrido em Coimbra onde um jovem assassinou, com uma facada no pescoço, a sua ex-namorada (estudante de eng. civil). Ao que parece o jovem de 23 anos e de seu nome Manuel Assunção não terá aceite da melhor forma o final da relação com </span><span style="font-size:100%;">Maria José Maurício. Premeditou um encontro onde, friamente, assassinou-a com um facada no pescoço. Entregando-se à polícia com as suas vestes completamente ensanguentadas. Ao que parece o assassino sofria de uma profunda depressão... um início de ano lectivo manchado...</span> </p> <p style="font-family: georgia;"> <span style="font-size:100%;"><b>Quarta-feira, 19 Setembro 2007</b></span> </p> <p style="font-family: georgia;"> <span style="font-size:100%;">A brutalidade deste terceiro crime, leva a suspeitar que também este assassíno sofria de um estado depressivo ou então de uma profunda esquizofrenia.</span> </p> <p style="font-family: georgia;"> <span style="font-size:100%;">Este crime ocorreu por causa de um Telemóvel!!!! (sim um mero telemóvel)</span> </p> <p style="font-family: georgia;"> <span style="font-size:100%;">José Amado, foi assassinado na Sarnadinha (Lousã) em frente da mulher e do dois filhos (de sete e 10 anos) por um vizinho, que apesar de ter passado, conjuntamente com o seu neto, o natal e ano novo passado, não deixou de a partir de Abril de acusar a filha de sete anos da vítima de lhe ter roubado o telemóvel (chegando mesmo a agredir a esposa por este motivo). O culminar desta situação foi o crime de quarta-feira onde José Amado ainda teve tempo de despedir-se dos seus filhos e mulher <b>“Adoro-vos muito, a todos!”.</b></span> </p>Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-32654289978034627112007-05-30T23:29:00.000-07:002008-12-09T07:32:17.251-08:00Apocalypto - Excelente<p> Apocalypto foi o último filme que me supreendeu (talvez mesmo um dos meus preferidos, talvez no meu top 50). O filme pode ser encarado de duas formas: </p> <p> Como película de Aventura Épica recheada de momentos estonteantes dos quais não se conseguem tirar os olhos. </p> <p> Ou como obra histórica sobre um dado momento da história de uma civilização (neste caso dos Maias). </p> <p> Para ambos os casos Mel Gibson sobre sempre qual o sentindo do seu trabalho: um filme que pudesse ser o mais real possível. A escolha de actores pouco conhecidos (mas que demonstram muita qualidade), os cenários e o enredo, levaram os seus críticos a perceber que Mel Gibson já está a marcar o cinema contemporâneo com a sua visão, muito própria, de determinados factos histórios. </p> <p> Aqui fica o trailer para quem ainda não viu:<br /></p><object width="480" height="295"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/rkDm5g-Le7w&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/rkDm5g-Le7w&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="295"></embed></object><p><br /></p>Imperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1910355011066862124.post-46206598518640283032007-05-21T20:55:00.000-07:002008-12-09T07:28:59.839-08:00A Tabacaria<img class="yui-img" src="http://amadeo.blog.com/repository/581573/2451129.jpg" align="left" />Não sou nada.<br />Nunca serei nada.<br />Não posso querer ser nada.<br />à parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.<br /><br />Janelas do meu quarto,<br />Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é<br />(E se soubessem quem é, o que saberiam?),<br />Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,<br />Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,<br />Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,<br />Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,<br />Com a morte a pôr humidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,<br />Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.<br /><br />Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.<br />Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,<br />E não tivesse mais irmandade com as coisas<br />Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua<br />A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada<br />De dentro da minha cabeça,<br />E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.<br /><br />Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.<br />Estou hoje dividido entre a lealdade que devo<br />À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,<br />E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.<br /><br />Falhei em tudo.<br />Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.<br />A aprendizagem que me deram,<br />Desci dela pela janela das traseiras da casa.<br />Fui até ao campo com grandes propósitos.<br />Mas lá encontrei só ervas e árvores,<br />E quando havia gente era igual à outra.<br />Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei-de pensar?<br /><br />Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?<br />Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!<br />E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!<br />Génio? Neste momento<br />Cem mil cérebros se concebem em sonho genios como eu,<br />E a história não marcará, quem sabe?, nem um,<br />Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.<br />Não, não creio em mim.<br />Em todos os manicómios há doidos malucos com tantas certezas!<br />Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?<br />Não, nem em mim...<br />Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo<br />Não estão nesta hora génios-para-si-mesmos sonhando?<br />Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -<br />Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,<br />E quem sabe se realizáveis,<br />Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?<br />O mundo é para quem nasce para o conquistar<br />E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.<br />Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.<br />Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,<br />Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.<br />Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,<br />Ainda que não more nela;<br />Serei sempre o que não nasceu para isso;<br />Serei sempre só o que tinha qualidades;<br />Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta<br />E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,<br />E ouviu a voz de Deus num poço tapado.<br />Crer em mim? Não, nem em nada.<br />Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente<br />O seu sol, a sua chuva, o vento que me acha o cabelo,<br />E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.<br />Escravos cardíacos das estrelas,<br />Conquistámos todo o mundo antes de nos levantar da cama;<br />Mas acordámos e ele é opaco,<br />Levantamo-nos e ele é alheio,<br />Saímos de casa e ele é a terra inteira,<br />Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.<br /><br />(Come chocolates, pequena;<br />Come chocolates!<br />Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.<br />Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.<br />Come, pequena suja, come!<br />Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!<br />Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,<br />Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)<br /><br />Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei<br />A caligrafia rápida destes versos,<br />Pórtico partido para o Impossível.<br />Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,<br />Nobre ao menos no gesto largo com que atiro<br />A roupa suja que sou, em rol, para o decurso das coisas,<br />E fico em casa sem camisa.<br /><br />(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,<br />Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,<br />Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,<br />Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,<br />Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,<br />Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,<br />Ou não sei que moderno - não concebo bem o quê -<br />Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!<br />Meu coração é um balde despejado.<br />Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco<br />A mim mesmo e não encontro nada.<br />Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.<br />Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,<br />Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,<br />Vejo os cães que também existem,<br />E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,<br />E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)<br /><br />Vivi, estudei, amei e até cri,<br />E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.<br />Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,<br />E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses<br />(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);<br />Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo<br />E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente<br /><br />Fiz de mim o que não soube<br />E o que podia fazer de mim não o fiz.<br />O dominó que vesti era errado.<br />Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.<br />Quando quis tirar a máscara,<br />Estava pegada à cara.<br />Quando a tirei e me vi ao espelho,<br />Já tinha envelhecido.<br />Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.<br />Deitei fora a máscara e dormi no vestiário<br />Como um cão tolerado pela gerência<br />Por ser inofensivo<br />E vou escrever esta história para provar que sou sublime.<br /><br />Essência musical dos meus versos inúteis,<br />Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,<br />E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,<br />Calcando aos pés a consciência de estar existindo,<br />Como um tapete em que um bêbado tropeça<br />Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.<br /><br />Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.<br />Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada<br />E com o desconforto da alma mal-entendendo.<br />Ele morrerá e eu morrerei.<br />Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.<br />A certa altura morrerá a tabuleta também, e os versos também.<br />Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,<br />E a língua em que foram escritos os versos.<br />Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.<br />Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente<br />Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,<br /><br />Sempre uma coisa defronte da outra,<br />Sempre uma coisa tão inútil como a outra,<br />Sempre o impossível tão estúpido como o real,<br />Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,<br />Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.<br /><br />Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?),<br />E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.<br />Semiergo-me enérgico, convencido, humano,<br />E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.<br /><br />Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los<br />E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.<br />Sigo o fumo como uma rota própria,<br />E gozo, num momento sensitivo e competente,<br />A libertação de todas as especulações<br />E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.<br /><br />Depois deito-me para trás na cadeira<br />E continuo fumando.<br />Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.<br /><br />(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira<br />Talvez fosse feliz.)<br />Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.<br />O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).<br />Ah, conheco-o; é o Esteves sem metafísica.<br />(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)<br />Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.<br />Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo<br />Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.<br /><br /> Álvaro de CamposImperador sem Tronohttp://www.blogger.com/profile/00174246133799377493noreply@blogger.com0